Una legislación extremadamente prudente puede ahogar la investigación y la innovación

Una legislación extremadamente prudente puede ahogar la investigación y la innovación

El principio de precaución en Europa tiene su justificación, pero sería mejor uno más centrado en la innovación, afirman desde ECPA. (European Crop Protectiona Agency)

A la hora de regular las competencias que afectan a la salud humana y al medio ambiente, la Unión Europea opera bajo un paradigma diferente a otras zonas del mundo.

El principio de precaución utilizado en la legislación de la UE considera que el riesgo posible es igualmente importante que el riesgo probado. Mientras que otros sistemas legislativos necesitan pruebas de daño para prohibir una sustancia, la UE necesita pruebas de seguridad para permitirla. Es un enfoque de «más vale prevenir que curar».

A pesar de que este enfoque tenga ventajas, también existen riesgos. Una legislación extremadamente prudente puede ahogar la investigación y la innovación y hacer que Europa quede atrás respecto a la competencia. Para el sector de la protección de cultivos, este riesgo es especialmente grave. Jean-Charles Bocquet, director general de la European Crop Protection Association, dice que el principio se está aplicando erróneamente de manera que se está ahogando la innovación en el sector agroalimentario europeo.

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«Para nuestro sector, se toman cada vez más decisiones en base a la característica peligrosa del compuesto en lugar de tener en cuenta el riesgo del producto —comenta—. Pero este principio no se aplica a otros productos. “Se mantiene en el mercado un coche de alta potencia, que puede alcanzar gran velocidad, siempre que se respeten los límites de velocidad. Nuestros productos son iguales. Creamos productos más potentes que otros».

«Es necesario que esas soluciones estén en el mercado —añade—. Así es como se toman las decisiones en otras partes del mundo, sin afectar negativamente a la salud y al medio ambiente».

Bocquet argumenta que el principio de precaución en Europa tiene como resultado productos desestimados por los investigadores en lugar de avanzar en el desarrollo. Esto hace que Europa sea menos atractiva para los inversores, según dice. A principio de los 80, el 30% de la inversión general global en protección de cultivos se centraba en Europa. A día de hoy el porcentaje general ha bajado al 8%, según una investigación de la ECPA.

 

La preocupación por la aplicación del principio de precaución no se limita únicamente al sector de la protección de cultivos. Las partes interesadas en toda la cadena agroalimentaria han expresado su alarma. Tienen algunos simpatizantes en el Parlamento Europeo y en la Comisión Europea.

El presidente de la comisión, Jean-Claude Juncker, se ha comprometido a revisar la forma en la que se legisla en la UE y los problemas burocráticos que presentan dichas leyes. Frans Timmermans, el primer vicepresidente de la Comisión, está dirigiendo este proceso.

«La innovación está verdaderamente amenazada, por lo que esperamos mucho de la nueva comisión —dice Bocquet—. Juncker dijo que no habrá nuevas regulaciones hasta que no se revisen las actuales, para asegurarse de que funcionan. Sabemos que para nuestro sector, las regulaciones actuales no funcionan. Esperamos que esta revisión lleve a una decisión justa y equilibrada».

«Por supuesto, entendemos la preocupación del público general, pero podemos responder a esas inquietudes siempre que la regulación sea previsible, equilibrada y con una base científica. No debería haber grandes diferencias entre lo que sucede en Europa y en otras partes del mundo».

Artículo ECPA[:pt]O principio da precaução está correto, mas deveria recentrar-se na inovação.

A União Europeia guia-se por um paradigma distinto daquele que é adotado noutras regiões do mundo no que se refere à regulamentação dos temas que afetam a saúde humana e o meio ambiente.

O principio da precaução previsto na legislação comunitária considera que o risco potencial é tão importante como o risco comprovado. Enquanto que ordenamentos legais de outras regiões necessitam de provas de risco para proibir uma substância ativa, na União Europeia adota-se uma lógica inversa, é necessário provar que uma substância ativa é segura, antes da sua colocação no mercado. É a lógica do “mais vale prevenir do que remediar”.

ECPA-sponsored_content-01-714x534Apesar das vantagens que se possam reconhecer nesta lógica, também há riscos. Uma legislação que assente demasiado na precaução pode sufocar a investigação e a inovação e tornar-se numa ameaça à competitividade da Europa. Para o setor na Proteção das Culturas este risco é especialmente grave. Jean-Charles Bocquet, diretor-geral da European Crop Protection Association (ECPA) declarou publicamente que este princípio está a ser aplicado de forma errada, constituindo um entrave à inovação do setor agroalimentar na Europa.

«No nosso setor, as decisões são cada vez mais tomadas com base no risco do produto, mas este princípio não se aplica a outros produtos», afirma Jean-Charles Bocquet, fazendo uma analogia: «um carro de alta cilindrada, que atinge grandes velocidades, é mantido no mercado desde que se respeitem os limites de velocidade. Os nossos produtos são iguais. Criamos produtos mais potentes do que outros. É necessário que estas soluções estejam no mercado. Noutras partes do mundo, as decisões são tomadas com base neste pressuposto, sem afetar negativamente a saúde ou o meio ambiente».

O diretor-geral da ECPA argumenta que o princípio da precaução tem como consequência um desincentivo à investigação, ao invés de a estimular, tornando a Europa menos atrativa do ponto de vista dos investidores. No início da década de 80, cerca de 30% do investimento geral global em Proteção das Culturas era aplicado na Europa. Hoje em dia essa percentagem baixou para 8%, de acordo com um estudo da EPCA.

Outros parceiros da fileira agroalimentar expressaram preocupação com a forma como o princípio da precaução está a ser implementado. Têm alguns simpatizantes no Parlamento Europeu e na Comissão Europeia. Na próxima semana, Juliu Girling, eurodeputada britânica do partido conservador, conduzirá um debate sobre a aplicação, correta ou errada, deste princípio nos últimos anos. Será apresentada uma investigação sobre “riscos complexos” e ficará demonstrado que o legislador deve ponderar tanto riscos como benefícios na hora de tomar decisões.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, comprometeu-se a rever a forma como se legisla na UE e os problemas burocráticos resultantes da legislação. Frans Timmermans, vice-presidente da Comissão Europeia, tem este dossier em mãos.

«Existe uma ameaça real à inovação e, por isso, temos enormes expectativas no novo Executivo comunitário. Juncker garantiu que não será produzida nova regulamentação até que a atual seja revista, no sentido de assegurar que funciona. Sabemos que no nosso setor a regulamentação atual não funciona. Esperamos que esta revisão gere uma decisão justa e equilibrada», disse Frans Timmermans.

«Obviamente que estamos solidários com a preocupação da opinião pública e poderemos responder a essas preocupações quando a regulamentação for previsível e equilibrada, com base em provas científicas. Não deveria haver um distanciamento tão grande entre o que se passa na Europa e noutras parte do mundo», concluiu.

 

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